Durante uma audiência na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos nesta terça-feira (7), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez críticas à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), em relação às suas recentes declarações sobre a situação no Rio Grande do Sul.
Em uma publicação nas redes sociais, Ferreira compartilhou uma notícia que indicava que o ministério de Anielle Franco queria priorizar a distribuição de alimentos para comunidades ciganas e quilombolas no Rio Grande do Sul. Ele comentou: “Nem na tragédia há sanidade no governo Lula. A prioridade deve ser para todos que estejam necessitando, independente de qualquer coisa”, criticando a proposta do ministério.
Em outra publicação, o deputado mineiro reagiu a uma declaração da ministra sobre a “importância do voto”, após ela destacar que o governo do presidente Lula havia destinado mais de R$ 1,5 bilhão para ajudar o Rio Grande do Sul, e lembrava que a quarta-feira (8/5) era o último dia para regularizar ou tirar o título de eleitor. Nikolas Ferreira questionou a ministra por fazer esse lembrete durante uma crise. “Sim, depois da prioridade para distribuição de alimentos, ela está usando a tragédia para pedir votos. Inacreditável”, disse o deputado.
Enquanto isso, a situação no Rio Grande do Sul continua crítica devido às enchentes que atingem a região. Até o momento, 90 pessoas morreram devido às inundações. Segundo o boletim da Defesa Civil divulgado nesta terça-feira (7/5), 131 pessoas estão desaparecidas, 362 ficaram feridas, e 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelos desastres climáticos. Dos 497 municípios gaúchos, 397 foram atingidos, com centenas de estradas bloqueadas, quase 500 mil imóveis sem energia elétrica, e pelo menos 649 mil imóveis sem abastecimento de água.
Nikolas Ferreira participa de uma comitiva de deputados para uma audiência que discutiu a crise da democracia, da liberdade e do Estado de Direito no Brasil. A situação no Rio Grande do Sul, marcada por trágicas perdas humanas e infraestrutura devastada, reflete a necessidade de resposta efetiva do governo e um debate sobre o uso político de tragédias.